Transtornos do Controle do Impulso, Dependências químicas e comportamentais

Psiquiatra em São Paulo

Transtorno Explosivo Intermitente


Estima-se que cerca de 4% das pessoas sejam portadoras do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI).


O
TEI é caracterizado por explosões comportamentais recorrentes e não premeditadas  que representam uma falha em controlar impulsos agressivos. Manifesta-se por agressões verbais ou físicas repetidas que são desproporcionais à provocação ou estressor precipitante. 


O
tratamento pode envolver antidepressivos, estabilizadores do humor e bloqueadores dopaminérgicos, além de psicoterapia (Cognitivo-Comportamental, técnicas meditativas de Atenção Plena (“mindfulness”).

Tabagismo


Cerca de 9% dos brasileiros são dependentes do tabaco. 


O tratamento pode envolver farmacoterapia (vareniclina, terapia de reposição de nicotina, bupropiona e outras classes de antidepressivos), Terapia Cognitivo-Comportamental e técnicas de "mindfulness".

Abuso e dependência de álcool e outras substâncias


O tratamento dos transtornos por abuso e dependência de substâncias psicoativas geralmente é multimodal e pode envolver farmacoterapia específica (como a naltrexona no caso do álcool) ou para o tratamento de comorbidades (transtornos psiquiátricos associados e que podem funcionar como precipitantes e mantenedores do uso abusivo de substâncias). Psicoterapia  (de abordagem cognitivo-comportamental ou motivacional,  Psicoterapia Positiva, Terapia COmportamental Dialética e grupos de apoio podem fazer parte do plano de tratamento.

Jogo patológico e sites de aposta


Recentemente tem havido um incremento nos casos de jogo patológico em função da ampla disponibilidade de sites de apostas.


O jogador patológico aposta quantias cada vez maiores para atingir a excitação desejada,
sente-se inquieto ou irritável quando não joga, joga para aliviar angústia, tenta recuperar dinheiro perdido no jogo jogando mais e frequentemente pede ajuda de outras pessoas para continuar jogando e para saldar obrigações financeiras. Há prejuízos profissionais, acadêmicos ou nos relacionamentos, e o jogador pode mentir para esconder sua dependência.

 

O tratamento envolve primordialmente Psicoterapia de orientação cognitivo-comportamental e grupos de apoio. Farmacoterapia adjuvante pode ser útil em alguns casos ou para o tratamento de comorbidades (transtornos psiquiátricos associados) que funcionem como perpetuadores da dependência.

Dependências digitais (pornografia, redes sociais, notícias, streaming/binge watching)


É crescente o número de jovens e adultos dependentes de estímulos digitais. 


A literatura científica aponta que
conteúdos digitais funcionam como superestímulos que levam à dependência mediante um mecanismo neurobiológico que envolve o mesmo “circuito de recompensa” (movido principalmente à base de dopamina) que está afetado nas adicções a substâncias. 


Vivendo mergulhados em infinitas possibilidades de entretenimento e estimulação digitais, tornamo-nos presas fáceis de uma indústria cibernética que se utiliza da neurociência para conquistar nossa atenção e devoção, pois nosso cérebro não foi preparado ao longo da evolução para a inundação digital na qual submergimos nos últimos 20 anos.


Estudos revelam que
passar mais de 2 horas por dia em redes sociais está associado a aumento significativo de sintomas de depressão e ansiedade. O aumento exponencial das taxas de suicídio e de automutilação em vários países do mundo (principalmente no sexo feminino) foi coincidente com o advento e crescimento das redes sociais, o que tem levado a cogitações sobre uma relação de causalidade entre os fenômenos e a muitas pesquisas na área.


O
consumo compulsivo de pornografia, de fimes e séries nas plataformas de streaming e mesmo de noticias (tem-se chamado de FOMO - “fear of missing out” a este medo de se estar perdendo alguma coisa se não estivermos o tempo todo online) é uma realidade social que tem se manifestado clinicamente pela procura cada vez maior por jovens e adultos de tratamento para se libertarem de dependências comportamentais ligadas à vida digital.


O tratamento pode envolver Psicoterapia
(Cognitivo-Comportamental, enfoques de Psicologia Positiva, de Logoterapia), psicoeducação, grupos de apoio e mesmo farmacoterapia adjuvante.

Psiquiatra

Sobre o Dr. Ricardo Toniolo


Médico Psiquiatra pela USP | CRM-SP 97.468 | RQE 57339


O Dr. Ricardo Toniolo graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especializou-se em Psiquiatria pela mesma instituição - FMUSP. 


Titulou-se Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e há 15 anos atua como Pesquisador e Coordenador do ambulatório de adultos do Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – IPq-HCFMUSP. É autor de publicações científicas nacionais e internacionais.

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