Transtornos de Ansiedade

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Principais Transtornos de Ansiedade

Transtorno de Pânico e Agorafobia


O que é o Transtorno de Pânico e a Agorafobia

Estima-se que entre 4 e 5% das pessoas sofram com o Transtorno de Pânico em algum momento da vida.

Neste distúrbio (mais conhecido popularmente como “síndrome do pânico”), a ansiedade ocorre em crises muito intensas, que muitas vezes vêm “do nada”, chamadas de Ataques de Pânico. Durante um Ataque de Pânico, muitos sintomas na mente e no corpo acontecem a ponto de a pessoa ter uma sensação de descontrole físico e mental, podendo sentir como se fosse morrer, enlouquecer ou como se estivesse sofrendo um infarto ou AVC. 


Mesmo quando a pessoa não está tendo um Ataque de Pânico, ela pode ter sintomas que acontecem durante as crises, mas de maneira mais leve, além de viver com medo de ter um novo ataque a qualquer momento ou com o sentimento de que algo grave com sua saúde física ou mental pode estar acontecendo.


Cerca de 40% dos portadores apresentam Ataques de Pânico durante o sono que os fazem despertar em franca crise, o que pode levá-los a temerem dormir.


Alguns portadores de Transtorno de Pânico evitam diversas situações e lugares em que acham que é provável terem uma crise (ou não conseguirem ajuda, ou “escaparem” caso o tenham). Eles tendem progressivamente a restringir-se à própria casa ou à companhia de familiares, ou de pessoas que lhes transmitam segurança. A este quadro denominamos Agorafobia (existem casos de Agorafobia que se desenvolvem sem Transtorno de Pânico). 


Sintomas do Transtorno de Pânico

Durante um Ataque de Pânico, a pessoa pode experimentar:

  • Palpitações ou taquicardia (coração acelerado);
  • Sudorese;
  • Tremores ou abalos;
  • Sensações de falta de ar ou sufocamento;
  • Dor ou pressão no peito;
  • Náusea ou desconforto abdominal;
  • Sensação de tontura, zonzeira, ou de que vai desmaiar;
  • Calafrios ou ondas de calor;
  • Sensações de formigamento ou de anestesia;
  • Sensações de estar distanciado da realidade ou de si próprio.


Estes sintomas são acompanhados de
medo de perder o controle, de enlouquecer ou de morrer (por exemplo de infarto ou de AVC).

Mesmo quando a pessoa não está tendo um Ataque de Pânico, ela pode ter sintomas que acontecem durante as crises mas de maneira mais leve.


Tratamentos para Transtorno de Pânico e Agorafobia

O tratamento do Transtorno de Pânico geralmente envolve o emprego de antidepressivos serotonérgicos. Ansiolíticos podem ser utilizados no início do tratamento (no curto prazo, para não haver risco de dependência). A resposta ao tratamento medicamentoso costuma ser excelente, com a grande maioria dos pacientes chegando a experimentar o desaparecimento completo dos sintomas.


Em alguns casos o tratamento pode requerer Psicoterapia. A Terapia Cognitivo-Comportamental (que pode abranger a Terapia de Exposição com Prevenção de Resposta nos quadros de Agorafobia) costuma ser a mais indicada. Técnicas meditativas de Atenção Plena ("mindfulness") também podem ser aplicadas.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)


O que é o Transtorno de Ansiedade Generalizada

Estima-se que cerca de 6% das pessoas sofram de Transtorno de Ansiedade Generalizada em algum momento de suas vidas. 

Costumo explicar para os pacientes que basicamente o portador de TAG é alguém mais preocupado que a maioria das outras pessoas e que se preocupa com praticamente tudo, o que a faz sofrer ou ter o seu funcionamento social, profissional ou acadêmico prejudicado. 


Sintomas de TAG

O portador de TAG experimenta ansiedade e apreensão na maior parte do tempo com diversos eventos ou atividades, podendo frequentemente apresentar:

  • Inquietação;
  • Sensação de estar “com os nervos à flor da pele”;
  • Fadiga, falta de energia;
  • Dificuldade para se concentrar ou “brancos”;
  • Irritabilidade;
  • Tensão muscular
  • Dificuldade para pegar no sono ou sono “picado” e superficial.


Tratamentos para TAG

Antidepressivos serotonérgicos costumam ter boa eficácia, trazendo mais serenidade aos pacientes (alguns referem que se tornaram mais “zen”). Ansiolíticos e indutores do sono podem ser prescritos (com o cuidado de não se induzir dependência fisiológica ou comportamental). 

Para alguns casos a Psicoterapia pode trazer benefícios adicionais, sendo as mais indicadas as abordagens de Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia Focada na Compaixão, Terapia de Aceitação e Compromisso, Psicoterapia Positiva, Logoterapia e técnicas meditativas de Atenção Plena (“mindfulness”).

Transtorno de Ansiedade Social


O que é o Transtorno de Ansiedade Social

Estima-se que cerca de 12% das pessoas sofram de Transtorno de Ansiedade Social em algum momento de suas vidas.

A característica essencial é um medo ou ansiedade intensos em situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros.


Sintomas do Transtorno de Ansiedade Social

Medo ou ansiedade acentuados em situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação de outras pessoas, por exemplo:

  • Manter uma conversa;
  • Encontrar pessoas que não são familiares;
  • Comer, beber ou servir-se diante de outras pessoas;
  • Proferir palestras;
  • Aproximar-se de alguém com intenção de “paquera”.

Estas situações são enfrentadas com grande sofrimento ou são evitadas. O indivíduo teme ficar ruborizado, suar ou demonstrar que está tímido e envergonhado e por isso mesmo ser ridicularizado. Alguns passam a beber para conseguir enfrentar uma festa.


Tratamentos para Transtorno de Ansiedade Social

Medicamentos antidepressivos com ação serotonérgica apresentam eficácia significativa, assim como Psicoterapias (Treinamento de Habilidades Sociais, Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia Comportamental Dialética, Terapia Focada na Compaixão, técnicas de Intenção Paradoxal, Psicoterapia Positiva e Atenção Plena (“mindfulness”).

Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)


O que é o  Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Estima-se que entre 6 e 7% das pessoas sofram de Transtorno de Estresse Pós-Traumático em algum momento da vida.


Enquanto a maioria das pessoas que vivenciam um evento traumático logo se recuperam e retornam ao seu estado mental habitual, uma parcela dos indivíduos que sofreram um trauma desenvolve sintomas crônicos a que denominamos de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). 


O evento traumático pode ter sido exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual, podendo ter sido vivenciado diretamente ou testemunhado pessoalmente, ou pode ter tomado conhecimento de ter ocorrido com familiar ou amigo próximo. O indivíduo também pode ter sido exposto repetidamente ou de forma extrema a detalhes aversivos do evento traumático (por exemplo, socorristas que recolhem restos de corpos humanos, policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil). 


Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático

O portador de TEPT pode experimentar:

  • Lembranças intrusivas do evento traumático;
  • Pesadelos relacionados ao trauma;
  • “Flashbacks” nos quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente;
  • Sofrimento quando é exposto a sinais que simbolizam ou se assemelham a algum aspecto do evento traumático;
  • Esforços para evitar recordações do evento traumático;
  • Esquecimento de algum aspecto importante do evento traumático;
  • Expectativas negativas persistentes a respeito de si, dos outros e do mundo;
  • Interesse bastante diminuído em diversas atividades;
  • Pensamentos distorcidos de culpa a respeito do evento traumático;
  • Sentimentos de distanciamento e de alienação em relação aos outros;
  • Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (amor, felicidade, satisfação);
  • Irritabilidade e surtos de raiva;
  • Comportamento imprudente e autodestrutivo;
  • Hipervigilância (estar sempre “em alerta”);
  • Resposta de sobressalto exagerada;
  • Problemas de concentração;
  • Perturbação do sono.


Tratamentos para Transtorno de Estresse Pós-Traumático

O tratamento do TEPT envolve fármacos de diferentes classes de acordo com o perfil sintomático e Psicoterapia (especialmente nas abordagens Cognitivo-Comportamental, Terapia Comportamental Dialética, Terapia Focada na Compaixão, Logoterapia, Psicoterapia Positiva e Atenção Plena (“mindfulness”).

Psiquiatra

Sobre o Dr. Ricardo Toniolo


Médico Psiquiatra pela USP | CRM-SP 97.468 | RQE 57339


O Dr. Ricardo Toniolo graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especializou-se em Psiquiatria pela mesma instituição - FMUSP. 


Titulou-se Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e há 15 anos atua como Pesquisador e Coordenador do ambulatório de adultos do Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – IPq-HCFMUSP. É autor de publicações científicas nacionais e internacionais.

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